POLICIAL Professor vai parar na delegacia após dar soco em aluno autista durante crise em sala de aula

Um professor da escola estadual Olímpio João Pissinati Guerra, em Sinop (500 km de Cuiabá), foi parar na delegacia, nesta quinta-feira (29), após ter dado um soco em um aluno, de 13 anos, diagnosticado com autismo, que entrou em surto na sala de aula.

De acordo com o boletim de ocorrência, a Polícia Militar foi acionada por uma professora, uma monitora e pela coordenadora da escola relatando o episódio. O menor possui laudo de autismo, TDH, TOD e suspeita de esquizofrenia.  Em uma crise, ele teria ficado extremamente agressivo.

Segundo relatado na ocorrência, a equipe da Polícia Militar já tinha conhecimento do histórico do aluno, que incluía situações similares em outra escola, onde ele agrediu fisicamente a diretora e outros alunos.

No episódio em questão, o aluno jogou uma mesa em direção a um dos colegas de aula, que conseguiu se desviar a tempo colocando a mão à frente. Outro estudante ficou tão assustado que acabou passando mal e vomitou.

Diante da situação, a professora e a monitora pediram ajuda do professor acusado de agressão para tentar conter o aluno. O docente estava lecionando em outra sala, e atendeu ao chamado. Conforme ele, quando entrou na sala, o adolescente estava gritando e pedindo socorro, bem como a súplica das demais crianças presentes.

Diante da ameaça de mais agressões, o professor disse que tentou contê-lo utilizando uma força moderada, porém sem sucesso. Após soltá-lo, o aluno pegou outra mesa e tentou arremessá-la novamente contra os colegas. Com isso, ele resolveu dar um soco no rosto do aluno, que teve o nariz fraturado.

A coordenação acionou a mãe do menor, o Corpo de Bombeiros Militar e os conselheiros tutelares para acompanharem o caso após o aluno ser contido.

Em nota, a Escola Estadual Pissinati, informou que o aluno já recebe acompanhamento da Diretoria Regional de Educação (DRE) desde 2022, quando estava matriculado em outra escola e também passou por crises de ansiedade. Ainda explicou “com relação ao professor, ele foi afastado das atividades em sala de aula, pela DRE e pela Gestão da unidade, para apuração dos fatos.”

Além da equipe de Atendimento Psicossocial da DRE, o estudante é assistido pelo Centro de Atenção Psicossocial Infantil (CAPSI), pelo Conselho Tutelar e por uma equipe do Ministério Público Estadual (MPE). O professor foi encaminhado para a Delegacia da Polícia Civil para prestar esclarecimentos.