Cunhado e mais dois são indiciados por sequestro e assassinato de adolescente em MT

O trio foi indiciado por homicídio triplamente qualificado, sequestro e ocultação de cadáver. Apesar de os criminosos terem sido identificados, o corpo da adolescente continua desaparecido

Cunhado e mais dois são indiciados por sequestro e assassinato de adolescente em MT

João Vitor, cunhado de Marina Sofia Menezes Ventura, que desapareceu em outubro de 2024, em Diamantino, e outros dois criminosos foram indiciados pelo sequestro e assassinato da adolescente de 14 anos. A vítima saiu de casa dizendo que iria para a igreja, porém nunca mais foi vista.

O inquérito conduzido pela Delegacia de Polícia Civil de Diamantino foi concluído e o trio foi indiciado por homicídio triplamente qualificado, sequestro e ocultação de cadáver. Apesar de os criminosos terem sido identificados, o corpo da adolescente continua desaparecido.

Em novembro do ano anterior, João Vitor e um dos criminosos apontado como sequestrador, foram presos em Lucas do Rio Verde e Tangará da Serra após fugirem de Diamantino. O cunhado da vítima se tornou suspeito após a polícia receber denúncias de que é integrante de uma facção criminosa e estava envolvido com o tráfico de drogas na cidade. Além disso, uma das amigas relatou à polícia que Marina contou a ela já ter sido estuprada por João Vitor, que temia que ela revelasse o crime.

Durante as investigações, a Polícia Civil apurou que Marina desapareceu por volta de 12h30, horário de seu último contato com uma de suas amigas. Ao checar as câmeras de segurança, os agentes perceberam que João Vitor deixou sua casa às 11h30 vestindo um camisa vermelha e retornou às 13h30, mas com uma camisa preta.

A Polícia descobriu também que João Vitor usou a irmã dele para enviar mensagens à mãe de Marina, se passando pela adolescente como se ela ainda estivesse viva, na tentativa de parar as investigações.

Em depoimento, o criminoso, preso na mesma data em que João Vitor, relatou que foi abordado pelo cunhado da vítima um dia antes de seu desparecimento. Conforme seu relato à polícia, João Vitor teria planejado o desaparecimento dela para ficar com o dinheiro de uma indenização à qual ela tinha direito a receber pela morte do pai. Segundo o bandido, o cunhado da vítima afirmou que, com sua morte, o dinheiro seria distribuído entre os familiares. A ele foi oferecido R$ 25 mil para ajudar a cometer o crime.

O terceiro bandido, um dos criminosos vistos retirando uma pessoa com as características de Marina do porta-malas de um carro, teve a prisão representada e aguarda manifestação do Ministério Público Estadual e decisão da Comarca de Diamantino.


Christinny dos Santos
Única News.