Júri popular absolve pai que matou suspeito de estuprar filha em MT
ABUSOS FORAM DENUNCIADOS
Tribunal do Júri de Barra do Garças (519 km de Cuiabá) absolveu A.P.J pelo crime de homicídio. Ele é acusado de matar Waldir José da Silva Ferreira com três tiros no dia 28 de fevereiro deste ano. Waldir era suspeito de estuprar a filha de A.P.J.
Segundo a denúncia, o crime numa na casa da vítima, em Barra do Garças. A.P.J desceu do veículo que dirigia, sacou uma arma e matou a vítima com três disparos de arma de fogo. O acusado disse que matou Waldir por vingança, já que ele teria estuprado sua filha. A menina disse ao pai que fou abusada dos 6 aos 8 anos de idade pela vítima, que era esposo de sua avó materna e residia na mesma casa.
A defesa do acusado, promovida pelos advogados Yann Dieggo S. T. de Almeida e Regina Dessunte, argumentou que mesmo após a confecção de dois boletins de ocorrências sobre o fato, ficou comprovado que o Estado falhou em promover a punição do estuprador e que o réu não viu outra saída a não ser a defender a filha.
"A defesa explicou aos jurados que, apesar do réu confessar o delito, eles podiam absolvê-lo por clemência, já que matou o algoz que abusou da sua filha, dos 6 aos 8 anos de idade dela. Ainda, como se não bastassem os abusos, voltou a procurar ela e sua família, com ameaças. O réu procurou por duas vezes a Polícia Civil e inúmeras vezes a Polícia Militar e nada foi feito. O Estado falhou em proteger essa família, a vítima do abuso, mas agora foi eficiente em processar criminalmente um pai de família que fez justiça com as próprias mãos, na ausência do Estado e em favor de sua filha", destaca a defesa.
O Ministério Público havia pedido a condenação do acusado por homicídio qualificado com impossibilidade de defesa, uma vez que, a vítima foi morta quando saía de casa. Porém, foi tese vencida.
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