Prestes a fazer 100 anos do sumiço de Fawcett, místicos acreditam em nova civilização na Serra do Roncador
Em 1925, o explorador britânico que deu origem ao personagem Indiana Jones sumia na Serra do Roncador, na região de Barra do Garças. Quase um século depois, alguns acreditam que ele seria o pai de uma nova civilização
Há quase 100 anos, o coronel britânico Percy Harrison Fawcett explorava o Vale do Araguaia pela última vez. Em busca de uma cidade perdida intitulada de 'Z', o explorador chegou a Cuiabá, acompanhado de seu filho e de um amigo, em março de 1925. No mês seguinte, o trio partiu em direção à Serra do Roncador, de onde nunca mais voltou. Se o intuito de Fawcett era desvendar mistérios de uma antiga civilização, seu legado é exatamente o oposto: um mistério jamais resolvido. Inspiração para a criação do personagem Indiana Jones e para diversas expedições que tentaram, sem sucesso, determinar qual foi sua sina, Fawcett se tornou mais um dos diversos símbolos místicos da região.
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A Serra do Roncador, que recebe esse nome pelo barulho do encontro do vento com os paredões, seria, além da superfície de cidades no centro da Terra, um dos principais destinos de seres extraterrestres, o novo chakra do planeta e o berço de uma nova raça humana. Todos esses mistérios guardados, segundo o documentarista Genito Santos, pelos indígenas.
"Em se falando da Serra do Roncador e, em muitos lugares que se ligam à serra, nós temos a região de Parabubure, onde existem dois locais que os índios afirmam receber visitas extraterrestres ou intraterrestres, que também é muito falado por aqui. Na região de Parabubure, lá nas aldeias da região de Campinápolis, existem dois locais que são considerados como portais por onde, possivelmente, se tem a passagem de seres de outras dimensões. Os índios afirmam que de uma lagoa, que eles chamam de "lagoa sagrada", e de uma caverna, que eles intitulam de "caverna sem fundo", existem luzes que surgem dessas áreas e sobrevoam as aldeias e visitam esses índigenas", explica.
Ainda segundo Genito, os índigenas descrevem um ser que chamam de "índio morcego" e que viveriam em um dos portais para outra dimensão. Esses seres moradores da caverna teriam como objetivo proteger os indígenas da Serra do Roncador.
RITUAL DE CURA
Também em uma das cavernas da região, nas proximidades do município de Cocalinho, o historiador e jornalista Onofre Ribeiro viveu uma experiência que jamais esqueceria. A pedido do ex-governador Blairo Maggi (PP), acompanhou uma equipe de reportagem do Fantástico até o Santuário Místico e Ecológico do Roncador, onde conheceu a sacerdotisa Deusinha e participou, com dezenas de pessoas, de um grande ritual de cura.
Segundo a explicação dos místicos, a infinidade de fenômenos da Serra do Roncador decorre da "transferência de chakra" da Terra. A mudança teria acontecido quando Dalai Lama deixou o Tibete rumo à Índia, depois de pressões do governo chinês. A grande concentração de energia do planeta, agora, estaria no Roncador e em atividade rumo à civilização do "terceiro milênio", mais humanizada e evoluída.
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As explicações foram colhidas por Onofre ao longo de anos de estudos e entrevistas, desde quando era estudante de jornalismo pela Universidade de Brasília (UNB).
Se em meio a tantos mistérios, a história de Fawcett parece ter ficado perdida, na verdade, o britânico seria um dos 'pais' dessa civilização, missão que, inclusive, teria sido revelada a ele pelo budismo de Dalai Lama. Aos 78 anos, Onofre acredita não só em novos desdobramentos sobre o destino de Fawcett, mas em todos os mistérios do Roncador.
"Hoje, se você me perguntar, eu digo que tudo isso é absolutamente verdadeiro, não tenho a menor dúvida. Pelo que eu vi naquela região, pelo que eu andei, pelas pessoas que eu conheci, pelas leitoras que eu fiz e pelo que sei da história da humanidade, é absolutamente verdadeiro. Mato Grosso é o coração do mundo".
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