Desembargadora cai em "golpe de falso parente" no WhatsApp e perde R$ 45 mil

A Delegacia Especializada de Roubos e Furtos de Várzea Grande (Derf-VG) prendeu três criminosos, sendo dois homens e uma mulher, envolvidos no golpe

Desembargadora cai em

Christinny dos Santos
Única News

A desembargadora Maria Helena Gargaglione Póvoas, do Tribunal de Justiça (TJMT), caiu no golpe do "falso parente" no WhatsApp. Fingindo ser filho da vítima, o golpista conseguiu afanar R$ 45 mil da magistrada. Um boletim de ocorrência foi registrado no dia 07 de maio.

A Delegacia Especializada de Roubos e Furtos de Várzea Grande (Derf-VG) prendeu três criminosos, sendo dois homens e uma mulher, envolvidos no golpe.

De acordo com o boletim de ocorrência, usando a foto do filho da vítima, no dia 06 de maio, o golpista mandou uma mensagem no WhatsApp da desembarga e pediu para que ela fizesse um PIX de R$ 12 mil para que ele pudesse comprar um carro. O criminoso orientou que Maria Helena fizesse a transferência para um terceiro, alegando que seria o gerente da concessionária.

Em seguida, o criminoso pediu mais R$ 9 mil para desembargada, que realizou uma nova transferência. Outras transferências de valores menores foram realizados.

No dia seguinte, o golpista enviou para a desembargadora um falso comprovante de transferência em que fazia parecer que havia transferido R$ 43 mil para ela. Com o documento, o criminoso enviou uma mensagem a vítima dizendo que este valor seria para pagar os R$ 23 mil que havia pegado emprestado e pediu que ela devolvesse 'o troco', R$ 20 mil.

No mesmo dia, o filho da desembargadora ligou para ela, que atendeu logo dizendo que não daria mais dinheiro a ele. O homem disse que não tenha pedido dinheiro nenhum. Então, Maria Helena percebeu que tinha caído em um golpe.

Com base nas informações passadas pela vítima, os policiais da Derf Várzea Grande iniciaram as diligências conseguindo realizar a prisão em flagrante dos três suspeitos, responsáveis pelas contas bancárias que receberam os valores dos golpes.

Segundo a delegada titular da Derf-VG, Elaine Fernandes de Souza, os presos integram uma associação criminosa constituída por no mínimo oito integrantes e que, desde a última semana, vinham fazendo diversas vítimas. Uma delas procurou a delegacia para relatar que teve o WhatsApp clonado, ocasião em que amigos seus fizeram transferências aos criminosos nos valores de até R$ 20 mil.