Veja quem são os advogados e PM presos por tentar atrapalhar investigações contra facção em MT
Da esq. para a dir.: Os advogados Hingritty Mingotti, Jéssica Maróstica, Roberto de Oliveira, Tallis Evangelista e o PM Leonardo Qualio
Quatro advogados, dois deles de Sinop (500 Km de Cuiabá) e outros dois da capital, foram presos pela Polícia Civil durante a deflagração da Operação Gravatas, na manhã desta terça-feira (12) pela Delegacia de Polícia Civil de Tapurah (388 Km de Cuiabá).
Os juristas Jessica Daiane Maróstica, Roberto Luis de Oliveira (ambos de Sinop), Tales Evangelista da Silva e Hingritty Borges Mingotti, de Cuiabá, foram presos acusados de integrar uma organização criminosa que atuava em benefício da facção criminosa Comando Vermelho no estado.
Segundo a Polícia Civil, durante a prisão de Hingritty Mingotti, foi encontrado com ela um total de R$ 100 mil em espécie, escondidos dentro da sua residência, na capital.
Além dos quatro advogados, o policial militar Leonardo Qualio também acabou preso. Conforme as apurações da Polícia Civil, o militar era o responsável por repassar registros de ocorrências aos comparsas, possibilitando assim que faccionados estivessem sempre atentos às investigações que eram realizadas.
As investigações da Delegacia de Tapurah revelaram ainda que os advogados não trabalhavam somente na defesa dos faccionados, mas buscavam atrapalhar a ação policial, repassando informações das investigações e auxiliando em crimes graves, como tortura, levantando até mesmo dados pessoas de vítimas da facção.
Já o PM, por sua vez, tinha a função de “olheiro” da facção, repassando ao grupo de advogados boletins de ocorrências registrados contra os indiciados, permitindo que tanto os juristas quanto as lideranças da facção acompanhassem a atuação tanto da Polícia Civil, quanto da Militar.
Juntos, os integrantes do bando desmantelado pela Polícia Civil obtinha vantagens financeira e jurídica ilícitas, além de praticarem crimes de tráfico de drogas, associação ao tráfico, tortura e lavagem de dinheiro.
A OPERAÇÃO
16 ordens de prisões preventivas e buscas e apreensões o PM, os quatro advogados e três líderes da facção criminosa, que estão dentro do Sistema Prisional de MT.
A ação contou com apoio da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) e regionais da Polícia Civil de Nova Mutum e Sinop. Os mandados são cumpridos nas cidades de Sinop e Cuiabá.
Os relatórios de investigação policial, que reúnem mais de mil páginas, detalham a conduta dos investigados e que cada advogado tinha uma tarefa bem definida em benefício da organização criminosa.
A investigação apontou que os líderes da facção criminosa se associaram aos quatro advogados, que representavam o braço jurídico do grupo, e havia uma clara divisão de tarefas a fim de obterem vantagem de natureza financeira e jurídica, entre outras, com a prática de crimes como o tráfico de drogas, associação ao tráfico, tortura e lavagem de capitais
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