Policial civil é preso pela PM comprando drogas em Cuiabá; suspeito nega

Segundo PMs, suspeito teria recebido um invólucro de pasta-base de um traficante. Policial civil negou envolvimento com tráfico

Policial civil é preso pela PM comprando drogas em Cuiabá; suspeito nega

Policiais militares prenderam um policial civil, identificado pelas iniciais A.D.S.M.S (idade não revelada) em flagrante juntamente com outro homem de iniciais C.A.D.V.R na madrugada desta segunda-feira (7), supostamente comprando drogas no bairro Jardim Brasil, região do Três Barras, em Cuiabá.

Conforme o boletim de ocorrência registrado pelos militares, durante patrulha pelo bairro, a equipe avistou dois homens em atitude suspeita em frente à uma residência, destacando que C.A teria entregado ao policial civil um invólucro de droga.

Ao realizarem a abordagem, os PM confirmaram que o objeto entregue a A.D se tratava realmente de um invólucro, contendo uma porção de pasta base de cocaína. Ao revistarem o homem que entregou a droga ao policial civil, foi encontrada mais uma porção da mesma droga e R$ 89,95 em dinheiro trocado.

Em depoimento, o suspeito C. teria informado que morava na casa e que comercializava drogas no local. Dentro da residência, os policiais ainda encontraram 10 porções de maconha, mais uma porção de pasta base, um pino de cocaína, balança de precisão e outros apetrechos utilizados no fracionamento de entorpecentes.

NEGOU ENVOLVIMENTO COM O TRÁFICO

Ainda segundo os militares, o policial civil se identificou, "mas aparentava estar sob efeito de drogas". O agente, por sua vez, disse que estava no local apenas para dar carona a conhecidos e negou envolvimento com a prática ilícita.

Na delegacia, o agente negou ser usuário de pasta base ou qualquer outro tipo de entopecente. Também negou a versão de que recebeu o invólucro do suspeito C. no momento em que foi abordado.

De acordo com A. D, quando os militares chegaram, estavam todos dentro da casa "e a polícia chegou invadindo e havia outras pessoas na porta da casa".

De acordo com ele, uma pessoa teria chegado correndo dizendo "que havia chegado a Rotam". Todos teriam entrado na casa e uma das pessoas apagou a luz.

O policial civil contou que os militares passaram a revistar a casa e que ele não acompanhou a ação. Afirmou ainda que "é apenas conhecido" de C. e que "não tem conhecimento de que ele vende ou comercializa drogas".

No carro do policial civil foi encontrada ainda uma carteira de cigarro, e dentro dela, a bituca de um cigarro de maconha. Segundo o agente, a bituca "pertencia a uma das pessoas que ele ia dar carona" e que, quando os policiais militares chegaram, a pessoa deixou a carteira dentro do veículo.

Ele ainda disse que "foi esculachado e humilhado pelos policiais, dizendo que não gostava de policial civil e que iria prendê-lo após se identificar como policial civil". De acordo com o depoimento, os militares teriam o mandado ficar de joelhos" e “a todo momento era mandado calar a boca", destacando que um dos militares teria o ameaçado de morte.

O caso será investigado.