Mato-grossense detalha plano terrorista que seria executado em Brasília
Alan dos Santos afirmou que desde que chegou ao acampamento do QG do Exército em Brasília, sempre ouvia conversas de explosões pelos manifestantes
Um dos suspeitos de envolvimento no plano de um atentado a bomba perto do aeroporto de Brasília deu detalhes à Polícia Civil do Distrito Federal sobre o que aconteceu naquela véspera de Natal. Alan Diego dos Santos foi preso essa semana em Mato Grosso.
No depoimento à Polícia Civil do Distrito Federal, obtido com exclusividade pelo Jornal Nacional, Alan dos Santos detalha o plano terrorista executado no dia 24 de dezembro nas imediações do aeroporto de Brasília. Ele afirmou que desde que chegou ao acampamento montado em frente ao QG do Exército em Brasília, sempre ouvia conversas de explosões pelos manifestantes e que a ação seria uma solução para uma possível intervenção militar.
lan disse “que ficou com medo e deixou o lugar depois de dar algumas voltas, inclusive indo novamente até o caminhão-tanque”. Afirmou que "em seguida retornaram para o mesmo telefone público e ligaram dessa vez para o Corpo de Bombeiros, que disse que não tinha nada a ver com aquela ocorrência e pediu para ligar para a Polícia Militar".
Alan disse que os explosivos, que de fato chegaram ao DF, vieram do Pará, encomendados por George Washington e que foi George que fabricou os explosivos do dia 24. Disse que George contou que fez cursos em Brasília para aprender a fabricar artefatos explosivos.
Alan Diego dos Santos também disse, em depoimento, que recebeu a orientação de George Washigton, que está preso, para colocar o artefato dentro do aeroporto, na área de embarque, mas que preferiu não fazer, e disse “que não achou correto colocar o artefato dentro do aeroporto e então mudou de plano e entre 3h e 4h passou lentamente perto do caminhão-tanque que estava estacionado na via e colocou a caixa no paralama traseiro do caminhão”.
Alan afirmou que quando a sua ficha caiu, resolveu procurar um telefone público para comunicar a polícia sobre a colocação do artefato, que acharam um orelhão próximo a rodoviária do Plano Piloto e ligou par a número 190, mas o atendente não acreditou no comunicado.
Já o outro envolvido, o bolsonarista George Washigton disse em depoimento que o plano original era instalar o explosivo em uma subestação elétrica, na cidade de Taguatinga, no Distrito Federal. Mas que o plano não deu certo porque o carro que levaria o artefato até o local não apareceu.
O terceiro que estava com Alan dos Santos no carro, Wellington Macedo de Sousa, que trabalhou no Ministério da Mulher no governo Jair Bolsonaro, continua foragido.
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