Ex-primeira-dama vira ré em processo por desvio de quase R$ 1 milhão
Além de Roseli Barbosa, outras se tornaram réus no esquema de desvio de verbas na Secretaria Estadual de Assistência Social, entre 2011 e 2012.
O juiz Jean Garcia de Freitas Bezerra, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, acolheu uma denúncia do Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) , tornando réus a ex-primeira-dama de Mato Grosso, Roseli Barbosa, e outras três pessoas, pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, por participação em suposto esquema na Secretaria Estadual de Trabalho e Assistência Social (Setas). A decisão foi publicada nesta quinta-feira (15).
Conforme a denúncia do MPE, assim que Roseli assumiu a pasta, em 2011, iniciou-se um esquema de superfaturamento em contratos de convênios feitos pela secretaria, com instituições sem fins lucrativos de “fachada” para programas de qualificação e ensino profissionalizante para pessoas carentes.
A acusação foi feita com base nas provas obtidas na Operação Arqueiro, deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) em abril de 2014, que investigou um rombo de mais de R$ 8 milhões na pasta.
De acordo com os autos, Roseli teria recebido vantagem indevida em espécie no período de 2011 e 2012, no valor total de R$ 210.000,00, assim como o valor de R$ 776.368,00 através de transferências bancárias, em nome de pessoas jurídicas interpostas, pertencentes ao empresário Paulo César Lemes. O valor total da suposta propina paga a ex-primeira-dama seria na ordem de R$ 986.368 mil.
Além de Roseli, também sãos réus na ação penal o empresário Paulo César Lemes, que fez acordo de delação com o Ministério Público e detalhou esquema de desvios de dinheiro da Setas; o ex-assessor especial da Setas, Rodrigo de Marchi e a ex-servidora Carlina Maria Rabello Leite.
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