Corregedoria abre sindicância e determina afastamento de delegado por 60 dias

TAMBÉM TERÁ INVESTIGAÇÃO CRIMINAL

Corregedoria abre sindicância e determina afastamento de delegado por 60 dias
Corregedoria abre sindicância e determina afastamento de delegado por 60 dias

A Corregedoria Geral da Polícia Civil comunicou nesta quinta-feira (01) que instaurou sindicância administrativa e determinou afastamento preventivo de delegado Bruno França Ferreira. A sindicância vai apurar a abordagem do servidor em uma residência em um condomínio, em Cuiabá.

"O procedimento instaurado na Corregedoria busca apurar as condutas praticadas pelo delegado em relação à entrada e abordagem à família na residência e também, posteriormente, nem relação ao advogado da família, na Central de Flagrantes de Cuiabá", destaca nota da Polícia Civil.

A Corregedoria determinou o afastamento preventivo do delegado por 60 dias corridos, podendo o prazo ser prorrogado por igual período. "O delegado será notificado do afastamento preventivo, assim como seu superior hierárquico e a Coordenadoria de Gestão de Pessoas da Polícia Civil. A decisão de afastamento preventivo é uma medida tomada pela Corregedoria para o melhor andamento dos trabalhos. Não foi recebido pelo órgão corregedor um pedido formal feito pelo servidor de afastamento do cargo".

Uma cópia da documentação produzida foi encaminhada ao setor de investigação criminal da Corregedoria Geral para análise dos fatos.

O governador Mauro Mendes já havia pedido uma investigação à altura. "Tem que ter uma apuração realmente à altura do que aconteceu. Acho que eles devem, provavelmente, afastar esse delegado, fazer uma apuração e dentro daquilo que estabelece a legislação dar o devido tratamento", ressaltou o governador.

O caso

O delegado é acusado de abuso de autoridade por invadir a casa de uma família no Florais, armado na companhia de policiais do Grupo de Operações Especiais (GOE). O caso foi registrado no dia 28 de novembro. Durante a ação, Bruno chegou a apontar a arma e falar que ‘explodiria a cabeça’ de uma mulher. O agente público estaria supostamente agindo em interesse próprio. Na delegacia ele ainda proferiu xingamentos contra o advogado Rodrigo Pouso, que defendia a família que teve a casa invadida. Toda a confusão do delegado com a família, vem de uma rixa antiga de briga entre o enteado do delegado e o filho do casal que teve a residência invadida. Na época, a criança de 12 anos apanhou de sete meninos.