Esposo de mulher que atirou e matou idosos nega participação: "Não era eu, confundiram"
Em audiência de custódia, suspeito afirmou que foi confundido com seu irmão e que só fugiu da cidade por medo de represálias
Durante audiência de custódia na manhã desta quarta-feira (24), Márcio Ferreira Gonçalves, esposo da pecuarista Inês Gemilaki (48), que atirou e matou dois idosos na cidade de Peixoto de Azevedo (673 Km de Cuiabá), negou seu envolvimento no crime, ocorrido no último domingo (21).
Inês e o filho dela, o médico Bruno Gemilaki Dal Poz (28), foram responsáveis pelo duplo homicídio de Pilson Pereira da Silva (80) e Rui Luiz Bogo (68), durante uma confraternização em uma residência no bairro Alvorada.
Márcio foi preso na terça-feira (23) na casa de sua ex-mulher, em Alta Floresta (790 Km de Cuiabá), onde tinha ido deixar os cachorros que pertenciam a atual esposa, que já estava foragida.
Em depoimento à juíza Milena Ramos de Lima e Souza Paro, da 6ª Vara Cível de Alta Floresta, Márcio alegou que não teve participação no crime, destacando que não sabia do que sua esposa tinha feito, alegando ainda que a esposa estava sendo vítima de ameaças de morte.
"Até então eu não sabia do crime, eu não estava junto [com a Inês]. Fui saber depois que aconteceu tudo. Daí eu fiquei com medo, porque achei que eram as pessoas que estavam ameaçando a minha esposa. Tinha gente ameaçando ela [Inês], por isso aconteceu tudo isso", disse Márcio.
Além disso, o suspeito garantiu na audiência de custódia que foi confundido com seu irmão, Eder Gonçalves Rodrigues, que defato aparece em várias imagens de câmeras de segurança participando do crime. Márcio explicou que, assim que soube do ocorrido, fugiu de Peixoto de Azevedo por medo de represálias, garantindo à juíza que não estava na cena do crime.
“Eu só saí de Peixoto [de Azevedo] e vim pra cá [Alta Floresta], porque eu ‘tava’ com medo de lá. Porque até então eu não sabia do crime. Eu fui saber depois que aconteceu tudo, eu não ‘tava’ junto [sic]”, asseverou.“Como ‘botaram’ minha foto por ‘tudo’ as ruas, me confundiram. Não era eu que ‘tava’ lá [sic.]”, reiterou.
Apesar de ter negado sua participação no crime, Márcio segue preso e o caso segue sob investigação. Além dele, sua esposa, Inês Gemilaki, seu enteado, Bruno Gemilaki Dal Poz e o irmã dele, Eder Gonçalves, também estão presos.
A Polícia Civil segue nas investigações, desta vez para definir a participação de cada um dos envolvidos no duplo homicídio.
Montagem: Única News
No detalhe, a pecuarista Inês Gemilaki e o filho dela, o médico Bruno Gemilaki Dal Poz.
O CRIME
Armados com uma espingarda calibre 12 e um revólver calibre 38, Inês e o filho, Bruno Gemilaki, invadiram uma festa de aniversário, onde tinham como alvo o aniversariante, um garimpeiro por nome Erneci, conhecido como “Polaco”, que alugava um imóvel para a família, no valor de R$ 60 mil, motivo pelo qual entraram em uma disputa judicial.
Em imagens de câmeras do local, mãe e filho chegam ao local, momento em que Bruno, armado com uma espingarda .12 atira contra a vidraça da residência.
Após quebrar o vidro, Inês invade a residência de revólver em punho e atira contra outras duas vítimas. Entre elas, o padre José Roberto Domingues, que levou um tiro na mão e sobreviveu. Todavia, o desafeto de mãe e filho acabou escapando, já que a arma utilizada por Inês acabou falhando três vezes quando ela tentou atirar.
Após o crime, Bruno e Inês fugiram do local e foram filmados minutos depois comprando bebidas alcoólicas em uma conveniência, agindo como se estivessem “comemorando” as mortes das vítimas.
UnicaNews
Comentários (0)
Comentários do Facebook