Assessor parlamentar morto mantinha relacionamento com assassino há sete anos

De acordo com o irmão da vítima, Wanderley era convivente de uma mulher há cinco anos e chegou a assumir quatro filhos dela. No entanto, paralelamente, ele mantinha encontros com homens

Assessor parlamentar morto mantinha relacionamento com assassino há sete anos
Assessor parlamentar morto mantinha relacionamento com assassino há sete anos
Assessor parlamentar morto mantinha relacionamento com assassino há sete anos

O assessor parlamentar Wanderley Leandro Nascimento mantinha três imóveis para se encontrar amorosamente com homens, segundo depoimento prestado pelo irmão dele à polícia. Conforme a declaração, Wanderley “namorava” Richard Estaques Aguiar, um dos assassinos dele, há sete anos.

De acordo com o irmão da vítima, Wanderley era convivente de uma mulher há cinco anos e chegou a assumir quatro filhos dela. No entanto, paralelamente, ele mantinha encontros com homens. Um dos endereços utilizados pela vítima ficava no bairro São João Del Rey, onde o assessor parlamentar foi morto asfixiado.

Richard cometeu o crime com o irmão, Murilo Henrique Araújo. Depois a dupla roubou pertences da vítima, dentre eletrônicos e um carro que os dois já haviam tentado roubar em outra oportunidade. À época, Wanderley chegou a prestar queixa contra o namorado, mas mudou a versão depois dizendo que tinha emprestado o veículo.

Depois de matarem o assessor do deputado estadual Wilson Santos (PSD), os suspeitos deixaram o corpo na região do Cinturão Verde, no Pedra 90 e fugiram para a região norte do Estado.

Na  terça-feira (21), a juíza plantonista Maria Cristina de Oliveira Simões decretou a prisão preventiva de Murilo. Ele apareceu em vídeo amplamente divulgado confessando o assassinato e indicando onde o corpo estava.

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Na versão apresentada por Murilo, mensalmente o assessor lhe pagava R$ 4 mil. Contudo, o episódio de tentativa de sexo com o irmão de Murilo estremeceu a relação. Dias antes do ocorrido, o assassino conheceu o comparsa do crime, Richard Estaques Aguiar.

 

No depoimento de Richard, ambos estavam na casa de Wanderley na noite de quinta-feira (16) ingerindo álcool. Conforme noticiado pela reportagem, esse foi o último dia em que a vítima manteve contato com a família. Na data, Richard teria acordado durante a madrugada e presenciado o assessor segurando seu pênis e tentando praticar sexo oral.

 

Revoltado, tentou matar Wanderley com uma faca, mas desistiu. Posteriormente, o servidor teria insistido que Richard passasse o contato de seu irmão, um adolescente de 15 anos. Ao narrar que sabia que o assessor mantinha relações sexuais com menores, o assassino disse ter ficado revoltado com a situação.

 

Richard então disse que teria enforcado a vítima com os braços e, em seguida, Murilo pressionou uma toalha embebida em álcool contra o rosto de Wanderley. A vítima teria ainda sido enforcada com o fio de um carregador de celular.

 

Com a ajuda de um terceiro homem, identificado apenas como "Anão", eles levaram o corpo da vítima até o lixão localizado no bairro Cinturão Verde, no bairro Pedra 90, na Capital. Posteriormente, seguiram junto a namorada de um deles para o interior, até que se separaram em Lucas do Rio Verde (354 km ao norte de Cuiabá).

 

Conforme noticiado, Murilo foi preso na tarde de domingo (20) e Richard na segunda-feira (21). Caso segue sendo investigado pela Polícia Civil.