A Polícia Federal de Barra do Garças/MT cumpriu mandado de busca e apreensão em desfavor de um médico vinculado ao Programa Mais Médicos .

Medico suspeitode orquestrar um esquema criminoso denominado “FINAN”. 

A Polícia Federal de Barra do Garças/MT cumpriu mandado de busca e apreensão em desfavor de um médico vinculado ao Programa Mais Médicos .
A Polícia Federal de Barra do Garças/MT cumpriu mandado de busca e apreensão em desfavor de um médico vinculado ao Programa Mais Médicos .
A Polícia Federal de Barra do Garças/MT cumpriu mandado de busca e apreensão em desfavor de um médico vinculado ao Programa Mais Médicos .
A Polícia Federal de Barra do Garças/MT cumpriu mandado de busca e apreensão em desfavor de um médico vinculado ao Programa Mais Médicos .

 

LUIZ SILVA SBTBARRA 4.1

A Polícia Federal de Barra do Garças/MT cumpriu neste sábado 05/02, em Goiânia/GO, um mandado de busca e apreensão em desfavor de um médico vinculado ao Programa Mais Médicos suspeitode orquestrar um esquema criminoso denominado “FINAN”. 

FINAN é uma modalidade criminosa que consiste basicamente em financiar um veículo em muitas prestações, utilizando-se para isso do nome de terceiros, os chamados “laranjas”. No entanto, essas pessoas que fornecem o nome, geralmente em troca de uma determinada quantia em dinheiro, são usadas por indivíduos que não tem a menor intenção de efetuar o pagamento das prestações do veículo adquirido. Posteriormente revendem o carro financiado para outras pessoas a preços muito abaixo dos normalmente praticados no mercado.

Durante o cumprimento do mandado de busca e apreensão, diversas chaves e documentos de veículos foram apreendidos na residência do médico.

 Também foi possível apreender uma motocicleta CB 1000 FINAN, que havia sido revendida no dia anterir (04/02/2022), o que corroborou a hipótese da prática delitiva.

O objetivo principal de quem vende o chamado veículo FINAN é obter lucro fácil e em curto prazo.

 Quem compra esse tipo de carro, muito abaixo do preço de mercado, não possui a menor intenção de executar o pagamento das prestações que o veículo possui, já que o financiamento foi feito em nome de uma outra pessoa. 

Todavia, o comprador sabe que mais cedo ou mais tarde poderá ficar sem o veículo se o mesmo for localizado devido a uma ordem de busca e apreensão, emitida pela justiça, atendendo a uma solicitação da financeira, que é a verdadeira proprietária do veículo.

A presente investigação policial teve início em Barra do Garças/MT, no dia 03/02/2022, em razão da prisão em flagrante de uma mulher que dirigia um veículo Polo  feita pela PRF. Quando  abordada por Policiais Rodoviários Federais, ela apresentou à autoridade federal de trânsito um Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo (CRLV) falso que estava sendo utilizado para “esquentar” o veículo FINAN, fazendo-o aparentar legalidade, quando na verdade havia uma ordem judicial de busca e apreensão em desfavor do mesmo.

 Por este motivo, foi preso em flagrante delito por uso de documento público falso.

Os policiais federais analisaram os materiais aprendidos e descobriram que um médico que oferecia mais veículos a ela e o que esquema era maior.

Rapidamente já foi represento á justiça para a busca e apreensão na residência do médico em Goiânia.

O Delegado de Polícia Federal Mário Sérgio Ribeiro de Oliveira esclarece que “aquelas pessoas que colocam seu nome à venda, agindo deliberadamente como ‘laranja’, comete o crime de estelionato, eis que financia um veículo sem a menor intenção de pagá-lo. Ou seja, obtém vantagem ilícita, em prejuízo alheio, ao induzir a instituição credora em erro. De igual forma o intermediário, que no caso da presente investigação, foi a pessoa que sofreu a busca e que, diga-se de passagem, vendeu o veículo FINAN, com documento falso, ao indivíduo que foi preso em Barra do Garças/MT no dia 03/02/2022 pela prática do crime de uso de documento público falso.

Acrescenta o Delegado que além de cometer o crime de estelionato, o orquestrador do crime também pode ser autuado pela prática do crime de receptação qualificada, caso oculte, tenha em depósito ou exponha à venda, no exercício de atividade comercial, mesmo em residência, coisa que sabe ser produto de crime (veículo FINAN, fruto do crime de estelionato).

Para não atrapalhar o andamento da investigação policial, maiores detalhes não puderam ser fornecidos pela autoridade policial.
O Inquérito Policial segue em sigilo e deve ser concluído no prazo de 15 dias. 

Se condenados, os investigados poderão ser sentenciados a pena de prisão de até 19 anos, consideradas as penas máximas dos crimes de falsificação de documento público, estelionato e receptação qualificada.