6 municípios de MT têm casos suspeitos da ' Monkeypox', (varíola do macaco).

Barra do Garças é um deles. Gazeta Digital/Fonte

6 municípios de MT têm casos suspeitos da ' Monkeypox', (varíola do macaco).

Com 13 casos suspeitos e dois confirmados da Monkeypox, a varíola dos macacos, os registros mais que dobram em menos de uma semana em Mato Grosso. Segundo a Secretaria de Estado de Saúde (SES), os casos suspeitos são em pacientes de 8 a 48 anos. São 4 casos suspeitos em Várzea Grande, 3 na Capital, 3 em Rondonópolis e um em Sorriso, Nossa Senhora do Livramento e Barra do Garças. Os dois casos confirmados foram em Cuiabá.    

 

De acordo com a SES, as suspeitas foram confirmadas em homens, de 34 e 27 anos, que começaram a ser monitorados nos dias 26 e 27 de julho, respectivamente. Rondonópolis investiga a suspeita em uma criança de 8 anos, em um adolescente de 13 e em um homem de 48 anos.  

 

Epidemiologista, professora do Instituto de Saúde Coletiva (ISC) da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e também membro da Comissão de Epidemiologia da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), Ana Paula Muraro afirma que o avanço é preocupante, mas esperado, uma vez que existe uma subnotificação ligada à demora em muitos casos.  

 

Destaca ainda a própria característica da doença, uma vez que ela é autolimitada, ou seja, na maioria das vezes ela cura com o tempo e sem tratamento e, portanto, muitos podem não ter procurado os serviços de saúde. Além disso, os sintomas mais comuns como febre, dores musculares e dores de cabeça também podem ser confundidos com outras doenças.  

 

Bem como tem um tempo de incubação que pode variar de 13 a 21 dias. Ela lembra ainda que diante desse cenário há também os poucos laboratórios que realizam os testes e a demora entre ser suspeito e ser confirmado depende de alguns aspectos, um deles é a própria logística entre coleta do material e realização do teste.  

 

“Os dois primeiros casos ficaram por volta de duas semanas até a confirmação, por exemplo”. A única maneira de se evitar casos graves, conforme ela, é controlando essa transmissão que está acelerada. “A Vigilância, que ainda está enfrentando a pandemia da covid-19 e outras doenças e agravos, agora tem mais um desafio que é o adequado rastreamento e controle de contatos”.