Viúva de comerciante pede indenização de R$ 300 mil ao assassino

Kelma Silva Santos Andrade, viúva do comerciante Maciel Bruno de Andrade (35) morto em uma chacina ocorrida na cidade de Sinop (480 Km de Cuiabá), entrou na Justiça com um pedido de bloqueio de bens e indenização por danos morais contra Edgar Ricardo de Oliveira (30), que atirou e matou seu esposo em fevereiro deste ano. Na ação, a mulher cobra R$ 300 mil de multa do criminoso, exigindo ainda o pagamento de pensão mensal, no valor de um salário mínimo.

Na justificativa da ação, a viúva alega que Maciel Bruno era diretamente responsável pelas despesas e provisão da casa, enfatizando que, com a morte do esposo, não há mais ninguém para auxiliá-la nas despesas domésticas, que incluem também despesas com a criação dos filhos do casal.

Kelma trabalha em um supermercado de Sinop e enfatizou que, após a morte do marido, teve sua rotina completamente alterada, uma vez que era Maciel quem realizava as tarefas domésticas, como levar as crianças na escola, além de acompanhá-las em suas atividades, sendo um pai presente e amoroso.

A viúva destacou ainda que o falecimento do marido, além de deixar os filhos do casal sem a presença e companhia diária do pai, resultou em dificuldades financeiras para a família, apontando no processo que o executor do crime pode se desfazer de seus bens, prejudicando ainda mais sua situação.

O processo passará por análise pela Justiça.

RELEMBRE O CASO

Maciel Bruno Andrade era proprietário e uma das sete vítimas da chacina ocorrida em 21 de fevereiro deste ano, no estabelecimento que levava seu nome, o “Bruno Snooker Bar”. O crime chocou o país pela frieza do atirador, Edgar Ricardo Oliveira, e seu comparsa, Ezequias Souza Ribeiro (27), morto em confronto com policiais 24 horas após o crime.

Os dois assassinos estavam jogando sinuca no Bruno Snooker Bar e perderam cerca de R$ 4 mil para Getúlio Rodrigues Frasão Júnior (36), outra vítima da barbárie.

Revoltados com a derrota e zombaria das vítimas, Edgar e Ezequias saíram do local e retornaram armados. De posse de uma pistola, Ezequias desce do veículo e acua as vítimas em um canto do estabelecimento, momento em que Edgar, com uma espingarda calibre 12, começa a atirar e contra as vítimas. Após o crime, os dois fugiram.

Além de Maciel Bruno Andrade, foram vítimas da chacina Orisberto Pereira Sousa (38), Adriano Balbinote (46) Josué Ramos Tenório (48), Eliseu Santos da Silva (47), Getúlio Rodrigues Frasão Júnior (36) e Larissa Frasão de Almeida, de apenas 12 anos, filha de Getúlio Frasão e sua esposa, R.G.A, que sobreviveu à chacina.