TJ concede pensão a filha de servidora morta por Carlinhos Bezerra

Thays Machado foi vítima de feminicídio no dia 18/01, em Cuiabá. Garota terá direito à 60% do salário da mae até os 21 anos

TJ concede pensão a filha de servidora morta por Carlinhos Bezerra

O Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) concedeu o pagamento de pensão a filha da servidora Thays Machado(44), assassinada pelo empresário Carlos Alberto Gomes Bezerra no dia 18 de janeiro deste ano, em Cuiabá. A decisão foi publicada no Diário Oficial nesta segunda-feira (6).

Em sua decisão, a presidente do TJ, desembargadora Clarice Claudino da Silva determinou que a menina deverá receber 60% do salário da mãe até que complete os 21 anos de idade.

A garota também é filha do juiz Eduardo Calmon de Almeida Cézar, da Corregedoria-Geral da Justiça (CGJ).

Thays Machado e seu namorado, William César Moreno (40) foram mortos a tiros enquanto esperavam uma corrida de aplicativo, em frente ao Edifício Solar Monet, no bairro Consil, em Cuiabá, onde a mãe da servidora morava. O casal foi surpreendido pelo empresário, que armou uma campana no local e, de dentro do carro efetuou vários disparos contra as vítimas.

Thays foi atingida com dois tiros nas costas e um na altura do quadril. Já William foi atingido no braço esquerdo e no peito. Ele ainda tentou fugir do atirador, mas caiu na calçada, a poucos metros de Thays. Os dois morreram no local. Após o crime, Carlinhos Bezerra fugiu, mas foi preso horas depois em uma fazenda da família, na cidade de Campo Verde, a aproximadamente 120 quilômetros da capital.

A investigação da Delegacia de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP) apontou que Carlinhos montou uma central pessoal de rastreamento da vítima, com aparelho de rastreador GPS no carro, aplicativo espião, implantado no celular de Thays enquanto eles ainda namoravam, o que facilitou para ele monitorar todos os locais que ela frequentava e pessoas com quem ela mantinha contato.

Carlinhos Bezerra se tornou réu por feminicídio qualificado e homicídio e aguarda julgamento na Penitenciaria Estadual Major Eldo Sá, a “Mata Grande”, em Rondonópolis (218 Km de Cuiabá).