Técnica de enfermagem e amante são condenados por morte de sargento da PM

POR HERANÇA

Técnica de enfermagem e amante são condenados por morte de sargento da PM

A Justiça condenou Tatiane Borralho de Oliveira Silva e Cleyton Cosme de Figueiredo Almeida pelo homicídio de Noel Marques da Silva, sargento da reserva da Polícia Militar. Os réus são a mulher do sargento e o amante dela.  Em decisão da juíza Mônica Catarina Perri Siqueira Tatiane e Cleyton foram condenados a 22 anos e 18 anos de reclusão em regime fechado, respectivamente.

Tatiane foi a mandante do crime e havia contrato seu amante, Cleyton, para executar o crime, para que ela pudesse ter acesso à pensão por morte do militar. A vítima estava no portão de sua residência, no bairro Jardim Colorado, na Capital, quando foi alvejada com disparos na cabeça.

 

O homicídio que vitimou o policial militar aposentado Noel Marques da Silva, 52 anos, ocorreu em agosto de 2020, em Cuiabá. De acordo com a denúncia, Tatiane Borralho de Oliveira Silva era casada com a vítima há aproximadamente 10 anos. Na semana anterior ao crime, Noel havia deixado a sua casa para morar com o irmão em razão dos problemas conjugais.

Denúncia do Ministério Público aponta que, para se apropriar da totalidade dos bens e ainda ficar com a pensão do policial, Tatiane ofereceu recompensa a Cleyton, com quem já havia mantido um relacionamento extraconjugal, para que matasse a vítima. Conversas extraídas do aparelho celular de Tatiane revelaram que a sua mãe, Ana Lopes Borralho Filha de Oliveira, a instigou para que contratasse alguém para matar o genro.

Na mesma ação, a magistrada inocentou a mãe de Tatiane, Ana Lopes Borralho, apontada inicialmente como a responsável de instigar a prática criminosa.

Filho assassinado

No dia 24 de março de 2021, Noel Marques da Silva Júnior, filho do Policial Militar também foi assassinado por Cleiton com auxílio de Paulo Cesar de Oliveira e Cleomar Benedito Marcos Neto. Segundo apurado, em outra ação penal, Noel Júnior havia testemunhado no inquérito que apurou o crime cometido contra o seu pai e cobrava o esclarecimento dos fatos, o que motivou Cleyton e comparsas a planejar a execução da sua morte.

Na mesma ocasião também tentaram matar a testemunha Ariane Figueiredo Souza, mulher de Noel Júnior. Em depoimento prestado à Polícia, segundo o MPMT, Cleyton afirmou que também planejava matar Tatiane, já que não teria recebido a recompensa pelo crime cometido contra o PM. O crime só não teria sido consumado porque ele foi preso antes.