Mais um policial penal é denunciado por agredir e ameaçar detentos em Barra do Garças
Estadão Mato Grosso
Após a divulgação do caso de agressão a um reeducando na Unidade Prisional de Barra do Garças, uma nova denúncia surgiu contra outro servidor que atua na mesma unidade. Identificado pelas iniciais U.A., o policial penal teria feito uma série de ameaças aos presos e agido com agressividade com os familiares dos reeducandos. Além disso, ele também teria agredido um reeducando.
Em documento ao qual o jornal Estadão Mato Grosso teve acesso, um representante do "Plantão Delta" pede que a diretoria da unidade tome providências quanto aos abusos de autoridade cometidos pelo policial penal U.A..
Segundo a denúncia, U.A. teria aplicado um chute nas costas de um reeducando que estava sentado durante a ‘hora do confere’ na ala 05, momento em que é feita a contagem dos presos. A prática se assemelha à que foi registrada em vídeo e denunciada pelo Estadão Mato Grosso nesta segunda-feira, 16. (Clique aqui para ver a matéria com o vídeo).
O documento aponta ainda outras condutas irregulares cometidas pelo policial penal U.A. Além do episódio de agressão, o policial teria adotado como costume a prática de fazer ameaças aos reeducandos, dizendo que estava naquela unidade “para impor o terror” e inflamando os presos com palavras agressivas.
U.A. também teria agido com agressividade contra os familiares dos reeducandos. Em um dos episódios, ele teria ordenado a um cadeirante que se levantasse, mesmo após ser informado que o cadeirante estaria deitado.
“Algumas destas situações foram presenciadas rotineiramente por servidores plantonistas, visitas e reeducandos. Como a conduta e filosofia tanto do plantão DELTA e SESP não são de violência, solicitamos providências”, diz o documento.
“Mediante ao exposto, qualquer situação vexatória, agressiva ou qualquer conduta fora dos padrões, estes servidores não compactuam”, expõe o denunciante.
O Estadão Mato Grosso entrou em contato com a Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp) para saber se a denúncia foi investigada, já que ela é do começo do ano. Nenhuma resposta foi dada até a publicação dessa matéria.
O espaço segue aberto para manifestações.
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