Suposta mandante da morte de advogado foi presa com pistola na cintura
Empresária Maria Angelica Caixeta foi localizada e presa no pátio de um posto de combustíveis em Patos de Minas, no sudeste mineiro.
A empresária e pecuarista mineira Maria Angélica Caixeta Gontijo, apontada como mandante da execução do advogado Roberto Zampieri (56), foi presa em um posto de combustíveis da cidade de Patos de Minas (MG) nesta quarta-feira (20), com uma uma pistola 9mm na cintura. Arma que, inclusive, é do mesmo calibre utilizado para matar o jurista em Cuiabá.
Zampieri foi assassinado com 10 tiros, por volta das 19h50 do último dia 5 de dezembro, em frente ao escritório de advocacia no qual era sócio, no Bairro Bosque da Saúde. O suposto atirador, Antonio Gomes da Silva, também foi preso no estado de Minas Gerais nesta quarta-feira (20), na de Santa Luzia, região metropolitana de Belo Horizonte.
Segundo as investigações da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa de Cuiabá (DHPP), o pistoleiro ficou de tocaia por mais de uma hora, sentado em um toco de árvore, esperando sua vítima sair do escritório até executá-lo dentro de seu veículo, no momento em que se preparava para ir embora após o dia de trabalho.
Segundo informações contidas no histórico de ocorrência da Polícia Civil de Mato Grosso, no momento da prisão, a mandante do crime estava acompanhada da filha de 4 anos. A prisão da empresária foi cumprida em uma ação conjunta de policiais civis de MT e MG.
BUSCAS
Os trabalhos para o cumprimento do mandado de prisão contra a empresária começaram no início da manhã. Policiais civis mineiros e mato-grossenses foram até os endereços de Maria Angélica, na cidade de Patos de Minas, região sudeste daquele estado.
Todavia, a suposta mandante do assassinato de Roberto Zampieri não foi encontrada em nenhum dos endereços listados e os investigadores receberam a informação de que ela estaria dirigindo um veículo GM Montana, de cor branca.
Assim que soube que sua esposa estava sendo procurada, os agentes receberam a informação de que um homem, de iniciais W. C. V, estava na delegacia buscando informações sobre os motivos da polícia estar procurando Maria Angélica.
O investigador que atendia o marido da suspeita notou um volume em sua cintura e encontrou com o homem uma pistola, com 16 munições.
Não há informações se o marido de Maria Angélica foi preso ou não.
PRISÃO
Enquanto estavam a caminho da delegacia, os investigadores viram uma uma picape com as mesmas características, estacionada no pátio de um posto de combustíveis, momento em que eles abordaram o veículo e constataram que o carro era da empresária.
"De imediato realizamos a abordagem do veículo onde foi confirmada a presença de Maria Angélica, juntamente com sua filha de 4 anos", diz trecho do documento policial.
"Maria Angélica estava portando uma arma de fogo tipo pistola (descrita em campo próprio) na cintura que, após esta equipe retirar da sua posse, ela afirmou ser devidamente registrada. Havia também 47 munições e um carregador extra", diz outro trecho do documento.
Após a prisão, a empresária foi conduzida até a delegacia.
ARMAS SERÃO PERICIADAS
Por meio de ofício, o delegado titular da DHPP de Cuiabá, Marcel Gomes de Oliveira, informou que apesar de as armas de fogo do casal serem devidamente registradas e os dois terem porte federal de arma, é de fundamental importância para a investigação a realização da apreensão das armas.
Segundo Marcel, as duas pistolas devem passar por análise pericial e exame de balística, uma vez que as duas pistolas são do mesmo calibre usado para matar o advogado em Cuiabá.
Maria Angélica deve ser ouvida nesta quinta-feira (20) e passará por audiência de custódia às 15h30, em Minas Gerais.
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