Rapaz acusa policiais de agressão e ateia fogo em viatura no pátio da delegacia em Lucas

Um rapaz identificado apenas como Mauri Olivera, de 22 anos, se entregou à Polícia Civil de Lucas do Rio Verde (331,7 km de Cuiabá) na manhã deste domingo (24) após ter ateado fogo em uma viatura no pátio da delegacia da cidade na noite anterior. Mauri confessou o crime em sua página no Instagram, e ainda recebeu elogios e apoio de amigos em mensagens no privado, que ele fez questão de postar (ver as postagens abaixo).

 A viatura da Polícia Civil foi incendiada ontem à noite (23), no pátio da delegacia, no bairro Cidade Nova. As chamas que destruíram completamente o veículo foram apagadas com auxílio do caminhão auto bomba tanque do Corpo de Bombeiros.

Por meio de sua rede social, o jovem confessou ter sido o autor do crime. Mauri, que se intitula em seu perfil como “artista, cantor compositor em construção”, acusou dois policiais de terem lhe agredido. Confessou ainda que é usuário de maconha, de forma “controlada”, para combater a “ansiedade e depressão”. O suspeito afirmou que ateou fogo na viatura como uma forma de protesto e vingança pois ele “nunca apanhou do próprio pai”.

“A polícia de Lucas do Rio Verde nem precisa procurar quem tacou fogo na viatura fui eu !!!! Fui abordado pelo polícia Correia !!!! Que por sinal é um animal de de duas orelhas grande que nem pra ouvir serve, os dois policiais me agrediram por simplesmente eu estar com uma leda bem meu pai bate em mim, eu tenho ansiedade depressão e uso controladamente a maconha como remédio e não é por isso que devo ser agredido #terramt #policiamilitar (...) o certo é abordar e conduzir para a delegacia não sair batendo nos outros como se fosse pai vai bater no teu Filho policial corrupto não em mim”, postou.

Além de postar a confissão do crime, Mauri também relevou conversas com seus “parças”, onde recebe apoio e elogios pelo ato criminoso.

“Bravíssimo, fez o que todos nós já teve (sic) vontade de fazer. Bato palmas, arrasou. Fogo nesses merdas”, disse um amigo de Mauri.

Já outro mandou: “Não tô acreditando man, não te julgo, mas não consigo acreditar”.