PJC conclui inquérito do padre que estuprou adolescentes e pede indiciamento
inquérito foi concluído pelo delegado Pablo Bonifácio Carneiro, e encaminhado ao Poder Judiciário e Ministério Público de Mato Grosso (MPE).
O padre Nelson Koch, de 54 anos, foi indiciado pela Delegacia Especializada de Defesa da Mulher, Criança e Idoso (DEDMCI) de Sinop (a 500 km de Cuiabá), pelos crimes de estupro, estupro de vulnerável e importunação sexual contra três vítimas, sendo três adolescentes de 13,15 e 17 anos.
De acordo com a Polícia Civil, o inquérito foi concluído na última sexta-feira (26), pelo delegado Pablo Bonifácio Carneiro, e encaminhado ao Poder Judiciário e Ministério Público de Mato Grosso (MPE).
Os órgãos irão analisar os fatos apurados e dar prosseguimento da ação criminal contra o indiciado.
Segundo o delegado, nove pessoas foram ouvidas durante as investigações. Entre elas, estão cinco vítimas, funcionários e outros sacerdotes da igreja.
As testemunhas relataram que o padre adotava um comportamento "estranho" com os adolescentes que frequentavam o dormitório dele.
Nos autos do relatório também foram anexadas provas, incluindo um vídeo do ato criminoso contra uma das vítimas.
Entenda o caso
De acordo com o delegado Pablo Bonifácio Carneiro, a mãe de uma vítima procurou o plantão da Polícia Civil e declarou que seu filho, de 15 anos, trabalha desde o ano passado na igreja liderada pelo religioso e teria sofrido abusos sexuais praticados em diferentes períodos.
Posteriormente, mãe e filho foram ouvidos na delegacia especializada. Em depoimento especial, conforme prevê a legislação, o adolescente confirmou os abusos sexuais e descreveu que o investigado cometeu os supostos atos criminosos quando o menor de idade tinha sete, 13 e 15 anos.
Outro adolescente, de 17 anos, também ouvido pela Polícia Civil, confirmou que o religioso teria, nos últimos três anos, sem a sua anuência, praticado ato libidinoso com o objetivo de satisfazer a própria lascívia, caracterizando o crime previsto no artigo 215-A do Código Penal.
O delegado destaca que em uma das oitivas, uma das vítimas informou que o religioso, mesmo de forma velada, o ameaçou dizendo que é uma pessoa de influência. “Desta forma, acreditamos que a segregação da liberdade do suspeito irá encorajar outras eventuais vítimas que ainda não tiveram coragem de denunciar”, pontou Pablo Carneiro.
Por outro lado, a defesa afirma que o padre não confessou os supostos crimes, destacando que o delegado foi leviano ao divulgar informações de um processo em segredo de justiça.
Além disso, em entrevista coletiva, Márcio de Deus pontuou que Nelson foi vítima de uma "armação" por parte de um dos adolescentes que o denunciou.
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