Menores são indiciados por assassinato de professor do Salesiano

Christinny dos Santos
Única News

Os dois menores, de 15 e 17 anos, envolvidos na morte do professor do Colégio Salesiano Santo Antônio, Celso Odinir Gomes, de 63, responderão pelos atos infracionais análogos aos crimes de homicídio qualificado e ocultação de cadáver.

Os menores e outros dois adultos, de 18 e 20 anos, foram presos na última sexta-feira (10). O menor de 17 anos afirmou em depoimento que cometeu o crime sozinho. Ele teria pedido carona ao professor e, depois de uma discussão – ainda não se sabe o motivo – aplicou um golpe “mata-leão” no docente e o matou asfixiado.

Ao Única News, o delegado Rodrigo Azem Buchdid, titular da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), explicou que o processamento da investigação ocorre separadamente.

Os menores são julgados na justiça especializada da Infância e Juventude. Eles responderão pelos atos infracionais análogos aos crimes de homicídio qualificado, por cometer o crime com recurso que dificultou a defesa da vítima e por uso de fogo, e ocultação de cadáver.

Já o envolvimento dos dois maiores ainda está sendo apurado em outro inquérito policial. Os agentes continuam em diligências para apurar o envolvimento do casal no crime.

Desaparecimento e morte

Celso era professor de matemática e fazia parte do quadro de docentes do Colégio Salesiano Santo Antônio, em Cuiabá. Ele tinha saído de sua casa, no bairro Dom Aquino, na sexta-feira (3 de maio) e iria para a cidade de Santo Antonio de Leverger (33 km de Cuiabá) visitar um imóvel de sua propriedade. Desde então, o educador não foi mais visto.

O veículo dele, um VW Gol de cor branca, foi encontrado pela Polícia Militar na terça-feira (7), abandonado em uma área de mata no bairro Santa Terezinha, em Cuiabá. Além disso, uma prova e dois cartões bancários do professor foram encontrados em outros dois pontos da cidade, nos bairros Jardim Imperial e Parque Cuiabá.

Os restos mortais do professor foram encontrados na sexta-feira (10), em uma área de mata próximo à Lagoa Trevisan, e levados ao Instituto Médico Legal (IML) da capital, onde passarão por exames de necropsia.