Lateral do Cuiabá torna réu por esquema de manipulação de jogos

JUSTIÇA ACATOU DENÚNCIA

Lateral do Cuiabá torna réu por esquema de manipulação de jogos

A Justiça acatou denúncia e tornou réu o lateral-direito do Cuiabá, Mateus da Silva Duarte, o Mateusinho, por suposto esquema de manipulação de jogos da Série B do Campeonato Brasileiro do ano passado. Contratado pelo Cuiabá Esporte Clube em janeiro deste ano, Mateusinho foi um dos alvos da operação "Penalidade Máxima", deflagrada em fevereiro.

A Justiça de Goiás recebeu a denúncia oferecida pelo MPE contra 14 pessoas envolvidas no suposto esquema. Mateusinho irá responder pelos crimes de organização criminosa e manipulação de resultados. Além dele, se tornaram réus os jogadores Romário (ex-Vila Nova) e Joseph (Tombense), além de Bruno Lopez de Moura (vulgo BL), Camila Silva da Motta, Ícaro Fernando Calixto dos Santos, Luís Felipe Rodrigues de Castro, Victor Yamasaki Fernandes, Zildo Peixoto Neto, Allan Godoi dos Santos, André Luís Guimarães Siqueira Júnior (André Queixo), Paulo Sérgio Marques Corrêa, Ygor de Oliveira Ferreira (Ygor Catatau) e Gabriel Domingos de Moura.

Na época, Mateusinho defendia o Sampaio Corrêa, de São Luís (MA). Segundo as investigações, o lateral teria causado um pênalti proposital no primeiro tempo da partida entre seu ex-time e o Londrina (PR). O lance, segundo as investigações, foi previamente combinado com a organização criminosa, que teria feito uma aposta na vitória do Sampaio Correia.

Conforme o MPGO, três partidas - entre elas a vitória do Sampaio Correa por 2 a 1 sobre o Londrina, na última rodada do Brasileirão série B 2022 - são investigadas. As investigações apontam que o grupo cooptou atletas para manipularem os resultados das partidas por meio de ações em campo, como o cometimento de pênaltis no primeiro tempo dos jogos, entre outras iniciativas para viabilizar a vitória da organização em apostas esportivas de elevados valores.

Em contrapartida, com a vitória do time escolhido pela quadrilha, os atletas recebiam parte dos ganhos. Estima-se que cada jogador escolhido para provocar os pênaltis que favoreceriam o grupo tenha recebido aproximadamente R$ 150 mil pelo ‘serviço’.