DENUNCIAS E MAIS DENUNCIAS EM RELAÇÃO AO CONCURSO DA SESPMT
Candidato “contrata” professor de cursinho para fazer prova da Sespmt em seu lugar
A Polícia Civil, através de investigação, conseguiu identificar o candidato C.E.M.C., preso acusado de fraudar o concurso da Segurança Pública em Cáceres (218 km de Cuiabá), no domingo (20). O candidato teria pago R$ 50 mil para que um professor de cursinho e policial penal, identificado pelas iniciais L.A.D., fizesse a prova no seu lugar.
De acordo com o registro de ocorrência, C.E.M.C. disse não conseguiria passar porque era ‘ruim de redação’ e devido a isso, pagou e trocou de identidade com o professor para que ele pudesse realizar a prova em seu lugar.
Mais duas pessoas, além do C.E.M.C e o professor, foram identificadas pelas iniciais M.A.C.A. e D.F.D e também foram presas durante o concurso no domingo, logo após a polícia do município conseguir identificar as pessoas que faziam parte do esquema. Todos os candidatos envolvidos são da Capital.
A Polícia Civil recebeu uma ligação anônima comunicando sobre a troca de candidatos no domingo de manhã. Com essa informação, os investigadores foram até a Escola Estadual União e Força em Cáceres e encontraram o professor usando a identidade do candidato C.E.M.C. com sua foto colada.
A equipe questionou o professor, que logo confessou o crime e indicou a escola onde o verdadeiro candidato estava fazendo a prova. No local, a polícia descobriu que C.E.M.C. usava o documento de L.A.D. para enganar o sistema de identificação.
Os policiais conversaram com a coordenação da escola que relatou que os fiscais do concurso disseram que o candidato estava a todo momento indo até o banheiro, afirmando que se não fosse, ‘não aguentaria e ria fazer nas calças’.
Os fiscais e a coordenação desconfiaram e chegaram a perguntar ao candidato se estava acontecendo algo errado, mas ele negou qualquer irregularidade. Para a equipe de policiais, os dois confessaram que estavam carregando um celular Motorola V3 nas partes íntimas e a comunicação para repasse das respostas das questões era pelos celulares.
Da mesma forma ocorreu com os outros dois presos (M.A.C.A. e D.F.D), que também confessaram em depoimento o envolvimento na fraude.
De acordo com eles, apesar de usarem seus próprios documentos, os dois estava com celulares nas partes íntimas para receber as respostas do professor.
Os aparelhos de celulares estavam lacrados em uma capa de silicone e foram apreendidos na delegacia.
O grupo foi detido por fraude e associação criminosa. Os suspeitos, de 37, 40, 41 e 43 anos, foram encaminhados à unidade prisional de Cáceres.
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