Coronel preso por participação em morte de advogado veio 4 vezes a Cuiabá em 2023
Investigações apontam que Etevaldo Caçadini Vargas esteve na capital de MT por quatro vezes, entre janeiro e dezembro do ano passado.
O coronel da reserva do Exército Brasileiro, Etevaldo Luiz Caçadini Vargas, preso na segunda-feira (15) após ser apontado como um dos financiadores da execução do advogado Roberto Zampieri (56), no bairro Bosque da Saúde, em Cuiabá, esteve quatro vezes na capital mato-grossense em 2023. Foi o que mostrou as investigações do caso, conduzidas pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Cuiabá.
Zampieri foi morto com ao menos 10 tiros em frente ao seu escritório, na capital, no início da noite de 5 de dezembro do ano passado. Etevaldo Caçadini foi preso pela equipe da DHPP de Cuiabá em Belo Horizonte, capital mineira, após ser delatado por outros dois envolvidos no crime.
O oficial do Exército foi transferido em um jatinho para a capital mato-grossense, na tarde de segunda-feira (15). Após sua chegada no Aeroporto Marechal Rondon, ele foi encaminhado à sede da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP)
Em entrevista coletiva, concedida na sede da DHPP logo após a chegada do coronel da reserva, os delegados responsáveis pela investigação, Edison Pick e Nilson Farias, detalharam a participação de Etevaldo no assassinato do jurista.
À imprensa, os delegados afirmaram que Etevaldo veio quatro vezes a Cuiabá, antes do assassinato de Roberto Zampieri, entre os meses de janeiro e dezembro. No entanto, no dia do crime, o oficial da reserva não estava na capital de MT.
Conforme as autoridades, Etevaldo teria recebido um total de R$ 40 mil da mandante do crime, a empresária Maria Angélica Caixeta Gontijo (40) e repassado os valores ao executor do advogado, Antônio Gomes da Silva, e ao instrutor de tiro Hedilerson Fialho Martins Barbosa, que foi o intermediador que contratou Antônio e veio à Cuiabá no dia do crime para entregar a arma ao pistoleiro, em um hotel da capital.
“O crime do homicídio tem dois pistoleiros relacionados à execução de Zampieri. Tem uma pessoa que contrata esses dois pistoleiros e essas pessoas que contratam esse dois pistoleiros é designada por alguém, por um terceiro. E quem é essa pessoa que intermedia, que passa o dinheiro para esses dois pistoleiros, a pedido de um terceiro, é justamente o coronel Etevaldo Caçadini. Então o senhor Etevaldo Caçadini é justamente quem recebe os pistoleiros no seu escritório, para passar os valores”, disse.
Segundo as investigações, Antônio teria recebido R$ 20 mil adiantados e receberia 50% do restante do pagamento na véspera do dia em que foi preso. Já Hedilerson, conforme a polícia, alegou não ter recebido nenhuma quantia pela morte de Roberto Zampieri.
Questionado sobre a relação do coronel do exército com a mandante do crime, um dos delegados disse que ainda busca, através de provas técnicas, estabelecer esse vínculo.
Reprodução
A mandante do crime, Maria Angélica Caixeta, o intermediador Hedilerson Fialho (Canto Superior) e o atirador Antônio Gomes.
AS PRISÕES
A mandante, o executor e o intermediário foram presos dias depois do crime, todos em Minas Gerais.
Maria Angélica foi presa em 20 de dezembro, na cidade de Patos de Minas, interior do estado. No mesmo dia, Antônio foi preso em Santa Luzia, cidade na região metropolitana de Belo Horizonte. Já Hedilerson foi preso em 22 de dezembro, no stand de tiro onde ele atuava como instrutor, na capital mineira.
Os três foram transferidos em 23 de dezembro para Cuiabá, onde estão presos e aguardam decisão da Justiça.
Fonte Unica
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