Coronel Fernanda cita caráter de Paccola ao lamentar "ação equivocada" na morte de agente
Segundo a avaliação da militar, os vídeos que mostram os acontecimentos levam a entender que houve "equívoco" por parte do vereador
A cadidanta derrotada ao Senado, coronel Fernanda (PL), saiu em defesa do companheiro de farda, o vereador Marcos Paccola (Republicanos). No dia 1º de julho, o parlamentar matou o agente socioeducativo Alexandre Miyagawa com três tiros, efetuados nas costas. Para a coronel, que deve disputar as eleições pela segunda vez, Paccola teve uma reação precipitada, mas não teve a intenção de ceifar a vida do agente.
"Eu fico triste em uma situação dessas, porque eu conheço o Paccola, sei do seu caráter, da sua capacidade, da sua postura, como cidadão e o Alexandre, que também é um servidor da segurança pública, tem uma história, representa muito bem uma categoria e é uma fatalidade esse fato que nos deixa muito triste", disse, em entrevista à Rádio Conti.
Fernanda ponderou que afirmações só poderão ser feitas com certeza após o resultado do inquérito, mas avaliou que os vídeos das câmeras de segurança que captaram o crime levam a crer que Paccola tenha se equivocado ao atirar contra Miyagawa. Enquanto militar, ela pediu a punição no rigor da lei, conforme o que for apontado pelas autoridades policiais.
"Não é isso que nós queremos, nós não estamos na instituição Polícia Militar, nem mesmo como cidadão, para promover um erro desses. Creio que o inquérito vai deixar claro todos os fatos e, se houver culpa, o coronel Paccola vai responder por isso. Nós estamos aqui em oração para que os fatos sejam colocado às claras e que seja responsabilizado quem tiver que ser responsabilizado. A nossa formação nos dá esse posicionamento, sempre trabalhar em cima da lei", declarou.
"Eu creio que a verdade vai vir à tona e eu tenho certeza que o coronel Paccola, não é isso que ele queria ter feito", completou.
O CASO
Duas testemunhas da morte de Alexandre Miyagawa afirmam que o vereador atirou depois que o agente socioeducativo empunhou sua arma e levantou o revólver para o alto. O movimento teria sido impulsionado por sua companheira, que se envolveu em uma confusão de trânsito momentos antes. Segundo as testemunhas, ela teria pedido para o agente, conhecido como 'Japão', sacar a arma e atirar nas pessoas que estavam no local, nas proximidades do tradicional restaurante Choppão, em Cuiabá.
O vereador, por sua vez, apresentou versões conflitantes de que teria sido abordado dentro do seu carro por alguém que viu a confusão, de que ele mesmo teria visto a confusão e de que teria verbalizado para Japão abaixar a arma, entretanto, o intervalo entre a chegada de Paccola e os tiros que atingiram o agente socioeducativo pelas costas é de poucos segundos.
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