Coronel do Exército preso por morte de advogado foi subsecretário em MG

Etevaldo Caçadini chefiou a Subsecretaria de Integração de Segurança Pública do governo mineiro entre janeiro e setembro de 2019

Coronel do Exército preso por morte de advogado foi subsecretário em MG

O coronel da reserva do Exército Brasileiro, Etevaldo Luiz Caçadini de Vargas, preso na manhã desta segunda-feira (15) em Belo Horizonte (MG), suspeito de financiar a execução do advogado Roberto Zampieri (56) em dezembro do ano passado foi subsecretário na Secretaria de Estado de Segurança Pública de Minas Gerais (SESP-MG).

Segundo informações, Luiz Caçadini foi nomeado pelo governador Romeu Zema (Novo) em janeiro de 2019, para chefiar a Subsecretaria de Integração de Segurança Pública do governo mineiro. Entretanto, em setembro do mesmo ano, a pedido de Etevaldo, ele foi exonerado do cargo.

Conforme o perfil do militar no Linkedin, atualmente ele trabalhava como diretor da Consultoria de Inteligência e Estratégia Empresarial Ltda e da empresa Treinatur, ambas especializadas em treinamentos na área de recursos humanos.

Em 2022, Caçadini também recebeu o Título de Cidadania Honorária, pela Câmara Municipal de Belo Horizonte.

A prisão do militar da reserva foi coordenada pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Cuiabá e contou com o apoio da Polícia Civil de Minas Gerais. Contra o coronel do Exército, também foram cumpridos mandados de busca e apreensão.

O CRIME E PRISÕES

Roberto Zampieri foi assassinado por volta das 19h50 do dia 5 de dezembro, em frente ao escritório do qual era sócio, no bairro Bosque da Saúde. O jurista foi executado com 10 tiros de pistola dentro de sua picape, uma Fiat Toro de cor branca, no momento em que se preparava para ir embora, após o dia de trabalho.

Até agora, além de Caçadini, outras três pessoas foram presas pelo crime: a mandante do crime, Maria Angélica Caixeta Gontijo (40), presa na cidade de Patos de Minas (MG); o pistoleiro Antônio Gomes da Silva, executor do crime, preso em Santa Luzia, cidade da região metropolitana de Belo Horizonte; e o instrutor de tiro Hedilerson Martins Barbosa, responsável por intermediar a contratação de Antônio e ceder a arma usada no crime, preso em um stand de tiro da capital mineira.

As prisões foram decretadas pelo Núcleo de Inquéritos Policiais (NIPO) da Comarca de Cuiabá, com base nas investigações conduzidas pela equipe da DHPP de Cuiabá e contaram com o apoio fundamental da Polícia Civil de Minas Gerais, que auxiliou desde a localização dos suspeitos até o suporte nas capturas.