ATOS ANTIDEMOCRÁTICOS

Advogada, militar das Forças Armadas, ex-candidato a deputado e empresário estão entre os alvos da operação deflagrada pela Polícia Federal nesta quinta-feira (15).  Ao todo são 20 mandados de busca e apreensão em Mato Grosso.  A operação da PF é contra manifestantes que se envolveram em atos antidemocráticos – como os bloqueios em rodovias e protestos em quartéis – além de empresários que promoveram ou financiaram esses protestos.

Entre esses mandados está o da advogada Analady Carneiro, cumprido no bairro Dom Aquino, em Cuiabá. Também o ex-candidato e empresário Rafael da Silva Yonekubo (PTB), o ex-candidato a deputado estadual e militar das Forças Armadas Adavilso Azevedo (PL). Ainda a empresa Olegario Transporte de Cargas Eireli, do empresário Alex Olegario da Silva.

É a maior operação já realizada pela Polícia Federal contra financiadores dos atos. Segundo a PF,  são 81 mandados de busca e apreensão, expedidos pelo Supremo Tribunal Federal, em apuração que tramita na Corte acerca dos bloqueios de rodovias após a proclamação do resultado das Eleições Gerais de 2022.

Os mandados de busca e apreensão são cumpridos em sete estados brasileiros e no Distrito Federal. São nove alvos nos estados do Acre, dois no Amazonas, um em Rondônia, 20 em Mato Grosso, 17 em Mato Grosso do Sul, 16 no Paraná, 15 em Santa Catarina e um no Distrito Federal. Os alvos são pessoas físicas e jurídicas identificadas pelas forças federais e locais de Segurança Pública. Foram expedidos mandados de prisão, de quebra de sigilo bancário e de bloqueio de contas de dezenas de empresários. Uma prisão foi registrada no Espírito Santo.

Nessa quarta-feira (14), Moraes disse que ainda havia muita gente a prender, em referência a financiadores dos atos, e deu prazo de 48 horas para que o ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, e o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), se manifestassem sobre os atos de vandalismo registrados na capital federal.