Mais quatro suspeitos de ataque no Mato Grosso morrem em novo confronto com policiais

Na tarde de terça-feira (18), quatro suspeitos de participar de um ataque à uma transportadora de valores em Confresa (MT) foram mortos durante um confronto com a Polícia Militar no interior do Tocantins. O número de mortos só foi confirmado pela PM na manhã desta quarta-feira (19). Além disso, foram apreendidos 4 fuzis.

A troca de tiros ocorreu na fazenda Vale Verde, próxima ao povoado Café da Roça, no oeste de Mato Grosso. O Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE) participou da força-tarefa.

Um vídeo divulgado nas redes sociais da PM do TO, mostra a forte troca de tiros que ocorreu na área de mata. Os militares optaram por esperar o amanhecer para realizar a busca dos corpos, devido ao risco de novos tiroteios.

Nenhum dos nossos policiais militares foram feridos e hoje pela manhã, durante a confirmação desses óbitos, houve um novo confronto entre os policiais do Bobe e os criminosos", disse o tenente coronel Noelson, da PM de Mato Grosso.

Uma força-tarefa de 350 policiais de cinco estados persegue um grupo de aproximadamente vinte suspeitos. Até o dia 19 de agosto, em decorrência do cerco realizado durante dez dias, seis suspeitos já morreram e um foi preso.

Na região Oeste e Sudoeste do Tocantins, a caçada aos suspeitos começou no dia 10 de abril. Após fugirem do Mato Grosso, eles entraram no território tocantinense pelos rios Araguaia e Javaés. A operação acontece na zona rural dos municípios de Pium, Marianópolis e Ilha do Bananal, mais cidades do entorno.

Após dez dias de operação, a polícia conseguiu apreender um grande número de itens. Entre eles, capacetes, coletes, armas pesadas e munições restritas às Forças Armadas. Todo esse material será destinado às autoridades de Mato Grosso, onde tudo começou.

Consequências da Perseguição

A Polícia Militar estabeleceu um bloqueio nas estradas TO-080 e as vicinais ao redor de Paraíso do Tocantins, com raio de 50 km. Estas estradas não devem ser percorridas pela população. Estão sendo realizadas buscas nessa área. 

O governador Wanderlei Barbosa (Repúblicanos) informou que o grupo criminoso tem causado prejuízos às colheitas da região, devido à insegurança e o risco de novas ações criminosas.

As prefeituras de Marianópolis do Tocantins e Araguacema precisaram suspender serviços públicos como aulas e atendimento médico na área rural para evitar o risco aos profissionais e moradores.

Caçada continua

Cinco aeronaves de outros estados, barcos, drones e cães estão auxiliando a busca pelos criminosos. Moradores da região fornecem alimentos, redes de internet, alojamento e infraestrutura das fazendas.

O comandante da Polícia Militar do Tocantins, Márcio Barbosa, afirmou que os oficiais não deixarão a área enquanto todos os criminosos não forem presos.

A Polícia Militar dos Estados do Tocantins e Mato Grosso identificou dois membros de uma quadrilha. Um foi Raul Yuri de Jesus Rodrigues, de 28 anos, que morreu em um confronto, e o outro Paulo Sérgio Alberto de Lima, de 48 anos, que foi detido depois de prender um funcionário de uma fazenda como refém. A identidade do segundo morto não foi revelada.