Justiça condena 21 e demite 7 policiais alvos da operação Renegados

Decisão da juíza Ana Cristina Silva Mendes, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, condenou mais de vinte réus da Operação Renegados. Eles são apontados como participantes de uma organização criminosa envolvida em tráfico, corrupção e roubo. Entre os réus da ação estão policiais civis e militares, dentre outras pessoas com passagens criminais. A sentença foi proferida na última sexta-feira (3) e determina ainda que sete agentes públicos percam o cargo.

O grupo era formado por 12 investigadores da Polícia Civil, três policiais militares e outras 10 pessoas. As penas avariam de dois a 46 anos de prisão. 16 pessoas devem cumprir as penas em regime inicialmente fechado. Dois réus foram condenados a penas no regime semiaberto e três, no regime aberto. Alguns dos réus também poderão apelar em liberdade.

 A denúncia foi ajuizada pelo Ministério Público do Estado (MPMT), por meio do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco). Os investigados na Operação são acusados de cometerem crimes de organização criminosa, concussão, roubo, tráfico e porte ilegal de arma de fogo. Os policiais civis e militares denunciados são acusados de embargar as investigações dos crimes.

Na época foram denunciados Edilson Antônio da Silva (policial civil); Paulo da Silva Brito (policial civil); Rogério da Costa Ribeiro (policial civil); Alan Cantuário Rodrigues (policial civil); Júlio César de Proença (policial civil); Dhiego de Matos Ribas (policial civil e chefe de operação); Evanir Silva Costa (ex-policial civil); André Luis Haack Kley (policial civil); Frederico Eduardo de Oliveira Gruszczynski (policial civil); Ananias Santana da Silva; Raimundo Gonçalves de Queiroz (ex-policial civil); Hairton Borges Júnior; Daniel de Paula Melo; Natalia Regina Assis da Silva (namorada de Edilson); Manoel José de Campos (policial militar); Domingos Savio Alberto de Sant’ana (ex-servidor público); Reinaldo do Nascimento Lima (incerto); Neliton João da Silva (incerto); Kelle de Arruda Santos (incerto); Jovanildo Augusto da Silva (criminoso); Genivaldo de Souza Machado (já foi preso); Delisflasio Cardoso Bezerra Silva (já foi preso por se passar por policial civil); Sandro Victor Teixeira Silva (policial civil); Adilson de Jesus Pinto (policial militar) e João Martins de Castro (incerto).