Juiz decreta prisão preventiva de investigador que matou PM em Cuiabá
Mario Wilson passou por audiência de custódia na tarde desta sexta-feira (28)
Após passar por audiência de custódia na tarde desta sexta-feira (28), o investigador da Polícia Civil de Mato Grosso, Mario Wilson Vieira da Silva Gonçalves, teve a prisão em flagrante convertida para preventiva pelo assassinato do cabo da Polícia Militar, Thiago de Souza Ruiz, na madrugada desta quinta-feira (28), em uma conveniência em frente à Praça 8 de abril, no Bairro Popular, em Cuiabá.
A decisão foi assinada pelo juiz da 2ª Vara de Execuções Penais, Geraldo Fernandes Fidelis Neto.
No documento, o magistrado declarou que a liberdade do policial civil “coloca em risco a paz da ordem pública”, além, de ressaltar a brutalidade em torno do ocorrido, visto que, Mario matou Thiago com nove tiros, sendo dois pelas costas.
"A gravidade dos fatos se revela através da sua forma de execução, mormente a ocorrência de diversos disparos de arma de fogo contra a vítima, [...], cujo teor informa a existência de projéteis e estilhaços de vidro no local dos fatos, além da verificação, a “olho nú”, de perfurações no corpo da vítima. Frisa-se, mais de um disparo em local público", decidiu.
“Ato de covardia”
Walkuiria Filipaldi Correa, policial civil e esposa de Thiago, em áudio, disse que o ato foi “uma covardia com marido”.
Em um áudio gravado pela viúva ela afirma que também teve acesso as imagens das câmeras de segurança da conveniência e pontuou que o marido foi morto covardemente com tiros nas costas.
"O que eu vi nas imagens foi que são 3 pessoas sentadas na conveniência, meu marido levantou para mostrar uma cicatriz que ele tem embaixo do braço e nisso o policial civil, Mário Wilson levantou e retirou a arma que estava na cintura do meu marido, que continuou calmo, sentado, eu não sei o que verbalizaram na hora e o meu marido foi tentar tirar a arma dele e tudo aconteceu. O policial civil cometeu uma covardia contra o meu marido, independente de qualquer coisa, independente de qualquer briga, isso não se faz", explicou.
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