Delegado de MT é transferido após descoberta de plano de R$ 1 milhão para matá-lo
Segundo investigações, criminosos estariam oferecendo valor milionário para quem matasse o agente
O Conselho Superior da Polícia Judiciária Civil de Mato Grosso (PJC-MT) decidiu, por unanimidade, pela remoção e transferência imediata do delegado Eric Márcio Fantin, até então titular da delegacia de Brasnorte (588 Km de Cuiabá). Conforme a ata da reunião, a decisão se deu através de um relatório do setor de Inteligência da Polícia Civil de MT, que apontou a existência de um plano para matar o delegado e que sua ‘cabeça’ valeria R$ 1 milhão para quem conseguisse executar Fantin.
De acordo com o relatório, Eric Márcio Fantin corria sério risco de vida, uma vez que o delegado foi responsável por investigar vários esquemas criminosos em Brasnorte, envolvendo até mesmo políticos da cidade. Um deles foi o vereador Reginaldo Martins Ribeiro, conhecido como “Carreirinha”. O parlamentar estaria envolvido em um suposto esquema de venda de terras destinadas à reforma agrária. Segundo as investigações, Carreirinha movimentou cerca de R$ 7 milhões com as supostas negociatas. No início desta semana, o vereador voltou a ser indiciado, desta vez por envolvimento com rinhas de galo, que são proibidas por lei.
“Considerando o conteúdo descrito e os fundamentos contidos no documento elaborado pela Diretoria de Inteligência, que concluiu que o risco à integridade física do Delegado de Polícia Dr. Eric Marcio Fantin é de grau elevado, por unanimidade dos membros do CSP foi reconhecida a necessidade imperiosa de remoção por necessidade da administração pública do delegado, da Delegacia de Polícia de Brasnorte, objetivando a garantia da integridade física, bem como da integridade pública da Instituição”, diz trecho da decisão que removeu o agente.
Eric Marcio Fantin foi transferido para a delegacia de Juara (694 Km de Cuiabá). Em suas redes sociais, afirmou que a mudança foi determinada após ter sido descoberto um plano para o matarem, confirmando ainda que criminosos estipularam o valor de R$ 1 milhão para quem o matasse, afirmando que não tem medo de seus inimigos.
“Fui removido porque a Polícia Civil tomou conhecimento de um plano para tirar a minha vida, no qual os corruptos da cidade ofereceram R$ 1 milhão. Mas tenho que tirar o chapéu para a esperança que eles têm de conseguir ‘me queimar’. Mesmo de longe, os criminosos metidos a poderosos, ‘autoridades máximas’, ainda terão pesadelos comigo por muitos anos”, garantiu.
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