Coronel da PM acusado de furtar placa de ambulância será julgado dia 30

Em audiência de instrução e julgamento vão ser ouvidas testemunhas de acusação e defesa

Coronel da PM acusado de furtar placa de ambulância será julgado dia 30

Começa nesta segunda-feira (30) a audiência de instrução e julgamento de uma ação penal na qual o Ministério Público Estadual (MPE) acusa o coronel da Polícia Militar, José Kleber Duarte Santos, de dirigir uma caminhonete Hilux, de sua propriedade, com uma placa fria que seria de uma ambulância do Hospital Militar de Mato Grosso.

Atualmente, José Kleber Duarte Santos é o diretor da unidade médica. O Ministério Público sustenta que a placa fria seria colocada no veículo de propriedade particular como uma estratégia para escapar de multas de trânsito e outras penalidades que são isentas às ambulâncias pela legislação.

Consta nos autos que o coronel José Kleber Duarte Santos foi flagrado no dia 21 de junho de 2018 pelos agentes da Secretaria de Mobilidade Urbana (Semob), enquanto fazia uma conversão proibida na avenida Beira Rio.

Após seguir o veículo infrator, os agentes da Semob abordaram o suspeito, que solicitou a conclusão do procedimento no Hospital Militar.

“Ao chegar nas dependências do Hospital Militar, o conduzido solicitou ao funcionário terceirizado que realizasse a troca da placa da caminhonete Hilux para colocar no lugar a placa KAD-8990, a qual seria a placa original do veículo em questão, sendo tal troca de placas, gravada pelo agente, gravada pelo agente de trânsito, conforme consta do termo de depoimento”, diz um dos trechos da denúncia.

Ao ser preso pela infração de trânsito, o coronel José Kleber Duarte Santos enviou um áudio em um grupo de Whatsapp no qual estavam presentes diversos outros integrantes da cúpula da Polícia Militar pedindo ajuda.

No entanto, o apelo não adiantou e o coronel foi preso naquela ocasião e encaminhado ao Batalhão do Bope, onde permaneceu detido.

Se condenado, o coronel José Kleber Duarte Santos estará impossibilitado de disputar as eleições para a direção do Hospital Militar, conforme previsto no artigo 65, parágrafo único do estatuto da entidade.

Atualmente, sua gestão à frente da unidade de saúde é marcada por polêmicas. Inicialmente impedido pela Justiça de assumir o cargo, uma vez que foi derrotado em votação de urna eletrônica. Os opositores acusam o coronel de fraudar o boletim das urnas para assumir a direção do hospital militar.