Após multa milionária do TSE, coligação de Bolsonaro se desfaz
Republicanos anunciou que vai recorrer por não concordar com ação encabeçada pelo PL de Valdemar Costa Neto. Moraes multou coligação de Bolsonaro em R$ 22,9 milhões após relatório pedir anulação de votos sem indicar prova de fraude
Correio Braziliense
Após a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de multar em R$ 22,9 milhões a coligação que apoiou a candidatura do presidente Jair Bolsonaro (PL), a aliança começa a dar sinais de ruptura. A decisão do ministro Alexandre de Moraes, presidente da corte, proferida nesta quarta-feira (23/11), foi motivada pelo relatório do PL que pedia a anulação de votos do segundo turno das eleições sem indicar prova de fraude.
Na manhã desta quinta-feira (24), o presidente do Republicanos, deputado Marcos Pereira (SP), disse à CNN não ter "nada a ver com isso". "Não fui consultado e não compartilho dessa opinião", afirmou, informando que não concorda com a decisão do presidente do PL, Valdemar Costa Neto, de questionar o resultado das eleições que elegeu Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O representante do partido deve pedir a exclusão da legenda da ação ingressada pelo PL pela falta de consulta à legenda (Republicanos) quanto ao ingresso das medidas judiciais que questionam as urnas.
Parte da coligação com o PL, o partido Republicanos tem a participação de muitos integrantes da igreja Universal do Bispo Edir Macedo, e elegeu nomes como Tarcísio de Freitas (governo de São Paulo), e o vice-presidente Hamilton Mourão (Senado). Na aliança também está o Partido Progressista (PP), do ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira.
Falta saber se o PP de Ciro vai se manter fiel ao PL e ao bolsonarismo ou também tentará eximir o partido da ação de Costa Neto, o que pode ampliar as dificuldades do presidente da sigla. O político será investigado dentro do inquérito das milícias digitais, de acordo com a decisão de ontem de Moraes.
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